É de saber de todos que o concreto é um dos materiais mais utilizadas na construção civil, e o motivo de sua utilização em larga escala é suas vantagens de alta resistência mecânica, rapidez de execução, fácil modabilidade além de tem um custo interessante, mas também há de saber de suas limitações, tais como: baixa capacidade de deformação e a rápida propagação de fissuras quando submetidos a esforços de tração.
O emprego das macrofibras em uma matriz de concreto tem a finalidade de reduzir suas características negativas, aumentado sua capacidade de deformação e controle de fissuras, lembrando que todo concreto fissura, independentemente de sua estrutura de reforço, obviamente que tais fissuras podem ser perceptíveis e podem ser consideradas como patologia ou não, podendo ser meramente um fator intrínseco e natural deste sistema, este tema, fissura de concreto é amplamente discutido no meio acadêmico e existem normas para parametrizar em calculo a abertura destas.
Importante parametrizar que o calculo estrutural de pisos de concreto com macrofibras se utilizam de normas internacionais, sendo as mais usuais a ASTM 1609; EN 14651 e a JSCE-SF4, sendo os parâmetros de analise a tenacidade à flexão de concretos ou da resistência residual do concreto.
A incorporação de fibras em misturas cimentícias promove uma melhora significativa em diversas propriedades mecânicas da matriz, com destaque para a tenacidade à flexão, a resistência a fadiga e ao impacto. Proporcionam um grande aumento na capacidade de absorção de energia e transferem tensões das fissuras, reduzindo sua propagação e expansão (NATARAJA; DHANG; GUPTA, 2000; NUNES, 2006). Além disso, concreto reforçado com fibras apresenta maior ductibilidade em relação às matrizes não reforçadas, que se tornam deficientes após a primeira fissura (FIGUEIREDO, 2001a: KIM; NAAMAN; EL-TAWIL, 2008; LIM; OH, 1999)
Saindo da esfera de ganhos de eficiência mecânicas e indo para a parte executiva, as macrofibras trás benefícios de ganho de velocidade executiva, ponderando a não necessidade de posicionamento de armaduras (telas e protendidos) além de evitar falhas deste processo, pois estamos tratando de uma estrutura tridimensional, aonde a macrofibra é incorporada homogeneamente na mistura da matriz de concreto.
Podemos considerar também a excelente resistência química das macrofibras de polipropileno e o fato delas não sofrem ações corrosivas tal como o aço, um grande benefício quanto a sua utilização em ambientes úmidos e na presença de maresia.
Importante fazer uma ressalva quanto a utilização de macrofibras não alcalines resistente, ou seja, fibras que não suportam ambientes com Ph altos, no caso do concreto entre Ph 13 a Ph 14. Fato é que estes tipos de macrofibras perdem massa devido ao ataque químico, consequentemente perdendo sua ancoragem com a matriz criando espaços vazios, perdendo em si sua função estrutural e pior reduzindo suas resistências mecânicas. Existe um ensaio que é denominado avaliação da resistência da macrofibra à ação do meio alcalino que verifica a perda de massa em um período de tempo de 100 anos que deve ser inferior a 2%.
A utilização das macrofibras em matrizes de concreto é uma evolução tecnológica que vem para agregar como mais uma solução de engenharia viável do ponto de visto técnico e econômico.
